Alma da Bola

alma=princípio da vida, sentimento, generosidade, coração
bola= artefato esférico de borracha ou de outro material, freqüentemente envolto de couro, que, em geral salta por efeito da elasticcidade, e é usado em diversos esportes

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Jornalista especializado em marketing esportivo. Gosta de história e de uma boa cerveja.

terça-feira, junho 08, 2010

20

Já escrevi sobre o tema neste blog, procure pelo texto, As Minhas Copas do Mundo – Paixão ao primeiro gol, mas hoje é mais interessante falar. Há exatos 20 anos assisti meu primeiro jogo de Copa do Mundo. Apesar de lembrar de muitos flashes de 1986 no México, a minha primeira Copa foi a de 1990, na Itália. Eu tinha 8 anos, o mundo parecia mais gigante do que é, mas via, aliás vejo até hoje, a Velha Bota como o grande centro futebolístico mundial. Além da Copa, nos times italianos jogavam os grandes jogadores do futebol da época.

Engraçado, 20 anos soavam tão distantes quando eu era criança, mas a lembrança que eu tenho desse dia parece que foi ontem. Lembro do estádio San Siro – Giuseppe Meazza, em Milão, cheio, da festa de abertura, das seleções da Argentina e de Camarões em campo. E eu assistia tudo em antiga TV Philco-Ford, caixa de madeira, e que até o ano 2000 ainda estava entre nós.

Como fiquei maravilhado com tudo aquilo. Era por volta das 11 horas da manhã. Eu assistia aquilo e aos poucos tinha noção que descobria uma grande paixão. O grande entusiasmo do meu viver. A Copa do Mundo.

Graças ao futebol e à Copa aprendi muito do mundo e da vida. Um dos livros mais inesquecíveis da minha vida foi o Manual Disney da Copa do Mundo de 1986, que eu emprestava na biblioteca de minha escola da infância, Escola Estadual de Primeiro Grau (isso mesmo, escola pública) Marina Cerqueira César, pouco depois comprei a edição da Copa de 1990, lá eu descobri quem foi Didi, Vavá, João Saldanha, e tantos outros. O álbum de figurinhas também foi importante. Onde mais eu poderia saber que o sobrenome Pfeinberger era austriarco, ou que existia uma tal União Soviética?

Naquele dia, Maradona estava em campo, mas outros dois personagens seriam os protagonistas o atacante camaronês Oman-Biyk e o goleiro argentino Pumpido. Inesquecível a cabeçada e o frangaço do guarda-metas. Naquele início de tarde percebi que o improvável era parte mais gostosa do futebol e da vida. E o melhor é que tudo aquilo vai recomeçar. Daqui a vinte anos, espero continuar sentindo a mesma sensação.

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posted by Guy Júnior | 4:39 PM | 0 comments