Alma da Bola

alma=princípio da vida, sentimento, generosidade, coração
bola= artefato esférico de borracha ou de outro material, freqüentemente envolto de couro, que, em geral salta por efeito da elasticcidade, e é usado em diversos esportes

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Local: São Paulo, SP, Brazil

Jornalista especializado em marketing esportivo. Gosta de história e de uma boa cerveja.

quarta-feira, abril 07, 2010

Messi, o Óbvio


Se fosse eu um súdito de Armando Nogueira começaria este descrevendo o que Lionel Messi do Barcelona fez ontem no Camp Nou, contra o Arsenal, como inacreditável, indescritível, inimaginável, “in” isso e “in” aquilo. Perdoe-me o velho colega neste dia do jornalista, mas não aproveitarei de trocadilhos nem de jogos de palavras para tentar descrever tudo aquilo. Covardia. As palavras não são capazes. Não costumo comentar sobre a rodada neste blog, mas abrirei uma exceção. Ressalto, porém que não costumo, logo não se acostumem com isso.

Papo de jornalista (parabéns a todos nós hoje) é falar que Messi faz o imprevisível. Discordo em partes, 50% para ser mais preciso. É ele o mais imprevisível previsível ser da Terra. Imprevisível ao não nos oferecer noção sobre o que fará com a bola. Previsível por sabermos o resultado de tudo aquilo. Ainda assim, gostamos de vê-lo, torcemos por ele e o queremos em campo. Talvez por desejarmos que nossas vidas sejam assim repletas de caminhos imprevisíveis com um desfecho previsível.

É aquele velho papo de turista que diz adorar sentir-se perdido, quando na verdade o mais gostoso é encontrar o lugar óbvio e previsto. O camisa dez do Barça nos faz viajar, nos perder e o fim já sabemos. Gol.

Lionel Messi já é um dos cinco melhores jogadores da história. Não me importa a lista de vocês e, na verdade, também não me importa minha lista. Mas ele já está em quarto, pois faz do futebol algo lógico, com um sentido simples de se entender. Embora seja mais que claro que o futebol não possui lógica. É um transgressor, como os três primeiros da lista também são.

Ainda que eu não considere o Arsenal um grande time, faze-lo parecer uma versão Anglo-Franco-Africana do Palmeiras é capacidade de gênios, como o argentino e de um forte time como o catalão. O quarto gol foi mais previsível que a exatidão de um exercício de matemática. Torcerei para o óbvio na Copa. Argentina campeã, com Messi em seu ápice. Aí sim, seu nome será escrito no mesmo parágrafo dos grandes craques do futebol.

*Também publicado em www.thealma.livejournal.com/

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posted by Guy Júnior | 3:37 PM | 0 comments

terça-feira, abril 06, 2010

Nada como o segredo de olhos bem apurados

Muitas vezes o cinema tentou representar uma cena do futebol, porém parece que ele não consegue acompanhar a atmosfera de calorosa de um campo de jogo, visto que o esporte bretão possui uma linguagem muito particular (isto vale para outros esportes, como é o caso do Rúgbi, em Invictus). Logo as cenas parecem frias ou muito ficcionais. Uma exceção é a cena da partida Huracán versus Racing, na película O Segredo de Seus Olhos, grande produção Argentina vencedora do Oscar de melhor filme estrangeiro em 2010. Com o perdão do trocadilho, o grande segredo dos olhos do cineasta, ou a sacada da cena, é não ter o jogo como protagonista da cena, mas apenas o pano de fundo e a também a possibilidade de entrarmos dentro de uma das torcidas mais fanáticas do globo. Veja a cena.





*Em tempo, o estádio é o
Tomás Adolfo Ducó, do Huracán, em Buenos Aires.

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posted by Guy Júnior | 10:35 AM | 1 comments

segunda-feira, abril 05, 2010

Celeiro de craques não reconhecido

Apesar de o Brasil se auto-considerar um celeiro de craques, não temos tradição na eleição do craque revelação das Copas do Mundo. Em 80 anos de disputa, apenas o Rei Pelé foi eleito em 1958. No placar geral dos 18 mundiais disputados, perdemos para países como Estados Unidos, que têm duas eleições, e ficamos longe da Alemanha, que mais ganhou esse prêmio, quatro vezes. Curioso, pois o senso comum fala muito da pouca tradição dos americanos para o soccer (ops), futebol, e a eterna dificuldade alemã em renovar o elenco. Talvez em 1970 o Clodoaldo poderia ser eleito, pelo que ouço das pessoas que assistiram aquela Copa. No geral nossas seleções, na média, sempre confiaram mais nos jogadores experientes. Se o Dunga aposta no Neymar, Ganso e Pato, certamente podemos ganhar esse prêmio. Segue a lista:

Patenaude (1930 – EUA)

Conen (1934 – Alemanha)

Bickel (1938 – Suíça)

Skoglund (1950 - Suécia)

Kopa (1954 - França)

Pelé (1958 - Brasil)

Albert (1962 - Hungria)

Beckenbauer (1966 - Alemanha)

Cubillas (1970 - Peru)

Żmuda (1974 – Polônia)

Cabrini (1978 - Itália)

Amoros (1982 - França)

Scifo (1986 – Bélgica)

Prosinečki (1990 - Iugoslávia)

Overmars (1994 - Holanda)

Owen (1998 - Inglaterra)

Donovan (EUA) e Metzelder (Alemanha) 2002

Podolski (2006 – Alemanha)

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posted by Guy Júnior | 4:33 PM | 0 comments