Alma da Bola

alma=princípio da vida, sentimento, generosidade, coração
bola= artefato esférico de borracha ou de outro material, freqüentemente envolto de couro, que, em geral salta por efeito da elasticcidade, e é usado em diversos esportes

Minha foto
Nome:
Local: São Paulo, SP, Brazil

Jornalista especializado em marketing esportivo. Gosta de história e de uma boa cerveja.

segunda-feira, março 12, 2007

Clichê: não da para viver sem?

O futebol brasileiro tem uma sólida base em expressões, que apesar de terem pouca ou nenhuma lógica, não ficam restritas ao cotidiano popular, mas também não saem da boca da mídia, de técnicos e jogadores. Vamos escalar 11 dessas expressões, ou clichês, e entender o sentido ou a falta de sentido de cada um deles. Aliás quem lembrar de mais pode mandar.

1. Independência financeira
Quando um jogador recebe propostas de times europeus, insiste em falar em profissionalismo e em obter a independência financeira. Humm...será que alguém que ganha um salário de jogador profissional (alguns milhares de reais) não possui independência financeira? Pobres dos jornalistas que nunca serão independentes.

2. Estragar a semana
Basta um juiz errar, característica que pode ser estendida a qualquer humano, que o técnico do time prejudicado mete a boca no trombone e não perdoa. “Treinamos a semana inteira e para um irresponsável vir aqui e estragar a nossa semana de trabalho”. Ué, mas e os jogos de quarta ou quinta, não contam?

3. Favorita?
Qualquer competição internacional em que a Inglaterra participa entra como favorita. Mas o que a eles ganharam para atingirem este status? Está bem, uma Copa roubada e em casa, nada mais, então porque sempre são favoritos? Será por que falam inglês ou por que eles têm a Rainha? Aliás por qual motivo a imprensa insiste com os favoritos nas competições?

4. Respeitar é preciso?
E quando o Brasil ou algum time brasileiro vai disputar uma competição internacional e rola algum tipo de polêmica com adversário que diz não conhecer o time brasileiro, ou certo jogador? Se a vitória é brasileira a mesma ladainha surge: “Mais respeito ao futebol brasileiro”. Mas e nós? Respeitamos alguém quando falamos que nenhum futebol é o melhor do mundo?

5. A Crise e a não Crise
Essa é da imprensa. Basta um resultado negativo de um time para que a palavra crise seja a mais falada nos noticiários. Ao menos neste caso a recíproca é verdadeira. Basta um resultado positivo do mesmo time e a palavra some.

6. Jogo de 6 pontos
O que é um jogo de seis pontos? Aquele em que se ganha os três pontos e se impede do adversário ganhar 3 pontos? Mas não são todos os jogos que são assim? Afinal de contas, alguém me explique o que é jogo de seis pontos.

7. Dois a zero
“Dois a zero é um placar perigoso.” Hummm.... perigoso para quem?

8. A tal da estrutura
Por que quando um time perde é porque não tem estrutura e quando ganha é porque tem ou está se estruturando? A bola rolando não serve para nada? Já que é tudo tão óbvio assim para que jogar futebol? Não seria mais útil analisar o período reprodutivo do escargot?

9. Morrinho Artilheiro
Esse sim deve estar próximo de completar seu milionésimo gol. Os jornalistas que sempre dão os gols a eles, podiam realizar essa contagem e dar os devidos créditos aos gols que são feitos pelos buracos do campo. Os pobrezinhos dos nunca são lembrados, talvez pela cacofonia que seria a narração: “Gol do buraco artilheiro”.

10. Deuses do futebol
Leiem o texto de mesmo nome neste blog em abril de 2006.

11. Enquete da semana
Quem ganha o clássico? Quem será o artilheiro do campeonato? Quem serão os vencedores? Qual a camisa mais bonita? Qual isso? Quem aquilo? Qual dessas perguntas é mais idiota? Quem é mais idiota, quem pergunte ou quem responde?

Share |
posted by Guy Júnior | 10:07 PM | 2 comments

quarta-feira, março 07, 2007

Beleza e requinte inglês em um time francês


Uma das coleções de camisas mais interessantes disponível para venda no mercado brasileiro é a Olympique Lyonnais, ou simplesmente Lyon para nós brasileiros, que é fabricada pela inglesa Umbro.

A empresa importa os três modelos de uniforme para o Brasil, o titular, branco; o reserva, vermelho; e o terceiro preto. Porém o modelo que será analisado será o que tem o melhor acabamento entre eles, o branco da foto retirada do site Net Shoes.

Costurada com precisão e com variedades nobres de tecidos, a camisa não se destaca somente pela beleza ou pela qualidade isoladas, mas sim conjugadas, é como se a beleza complementasse a tecnologia e vice-versa.

A camisa, quase toda branca, possui as tradicionais listras verticais em vermelho e azul que saem do ombro, passam por detrás do símbolo e chegam até a barra. Até aí nada demais, a não ser a grande sacada dos designers em colocar tecidos com poros maiores para ventilação nas faixas ao invés de serem apenas pintadas.

Essa tecnologia anti-transpiração está presente em várias partes, principalmente abaixo dos braços. Nestes locais, a confecção não economiza em detalhes costurados e em diferentes variedades de texturas dos tecidos, dando ao material um acabamento impecável, que além de muito bonito torna o fardamento muito leve e confortável.

A gola é em “V” simples, não é inovadora, mas parece confortável. O distintivo da equipe é aveludado em dois níveis, muito bonito e com reflexos da luz produz um brilho perceptível ao olharmos de perto. Já o logo da Umbro segue a tendência das últimas coleções da empresa e aparecendo bem ao alto no ombro direito, nenhum desses detalhes comprometem a qualidade do produto. O que realmente compromete é o logo de seu patrocinador. Além de interromper as listras pela metade é exageradamente emborrachado, estilo silk-screen, tirando um pouco da leveza e do estilo clean da camisa. Talvez um tipo aveludado, um pouco menor e sem que o background interrompesse as listras cairia mais sutil ao manto do Lyon.

Porém o grande diferencial da camisa não está à frente, mas nas costas. Ali o sistema anti-transpiração já fora utilizado por diversos fabricantes, porém desta vez, os estilistas resolveram aproveitar os poros para reproduzir o símbolo da equipe em uma marca d’água por todo o local, como podemos ver na foto, o efeito é incrível. Uma pena que quando o nome e o número dos jogadores são fixados esse efeito morra. Ao preço médio de R$150,00 é uma boa pedida para colecionadores que não se prendem às marcas mas à beleza das camisas.

Share |
posted by Guy Júnior | 10:24 PM | 1 comments