Alma da Bola

alma=princípio da vida, sentimento, generosidade, coração
bola= artefato esférico de borracha ou de outro material, freqüentemente envolto de couro, que, em geral salta por efeito da elasticcidade, e é usado em diversos esportes

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Jornalista especializado em marketing esportivo. Gosta de história e de uma boa cerveja.

segunda-feira, junho 08, 2009

As Minhas Copas do Mundo – Paixão ao primeiro gol


Nos próximos dias, tentarei (eu disse tentarei) publicar um pequeno texto sobre alguns jogos das Copas do Mundo que acompanhei – Itália 90, EUA 94, França 98, Coreia/Japão 2002 e Alemanha 2006.

A série, que batizei de As Minhas Copas do Mundo, será publicada de 8 de junho a 17 de julho, e trará relatos meus sobre alguns jogos dos mundiais que mais me impressionaram. Assumo o compromisso de não fazer retrospectivas profundas sobre os jogos, apenas farei um resgate de minhas memórias e gostaria de dividir isto com vocês.

O ponto de partida é a partida de abertura da Copa de 90, realizada há exatos 19 anos. Argentina e Camarões foi o primeiro jogo de Copa do Mundo que assisti (já consciente do significado de tudo aquilo). Paixão à primeira vista.

Recordo que minha expectativa era grande. Eu tinha 8 anos e havia acabado de chegar da escola quando, por volta das 13 horas, se não estou enganado, os selecionados entraram em campo no Estádio San Siro/Giuseppe Meazza, em Milão.

Não pude ver na hora, mas tenho certeza que meus olhos brilhavam ao contemplar aquele momento pela TV. A torcida? É óbvio que foi pelo time mais fraco. Impressionavam-me os nomes, Omam Biyik, Kana Biyik, N’kono, M’fede (esse um dos mais engraçados, que ganhou naquela Copa do lendário narrador Silvio o apelido de “Me cheira”), e um tal de Roger Milla, que a RAI (emissora italiana, insistia em gravar o nome como Roger Müller). Ah... eu não posso me esquecer que Diego Maradona também estava naquele jogo. Até o Papa João Paulo II esteve naquele jogo, mas confesso que eu não me lembrava disso.

Mas aquele jogo foi muito mais para mim. Nele um novo mundo, que não limitava à minha casa, minha rua, ou minha escola saltava a minha vista. Um mundo aonde países nunca antes imaginados existiam e derrubavam outros já conhecidos. Um mundo que impressionava por ser tão grande e tão multifacetado.

O gol de cabeça de Omam Byik, com um frangaço do goleiro argentino Pumpido, me trouxe essa sensação. Esse era o mundo do futebol que se abria e aquele gol não significou apenas os números finais do jogo, mas também que meu coração tinha uma paixão. O Futebol.



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posted by Guy Júnior | 5:56 PM